Archive for the ‘Campo Grande – MS’ Category

Buracos na Rua Ceres

maio 7, 2024

No dia 18 de março eu já podia contar, na Rua Ceres, trecho entre a Avenida Ernesto Geisel e a Rua Japão (trecho com aproximadamente 500 metros de extensão), cerca de 20 pequenos buracos, com o maior deles não chegando a 50 cm de diâmetro. Mas só no domingo, 24, pude fazer algumas fotos, que mostro a seguir:

No dia 7 de abril, outro domingo, pude registrar mais fotos. À parte o buraco causado por um vazamento na rede de abastecimento de água, ainda se vê, em muitas das fotos, as marcas de retenção de água da chuva nas bordas dos remendos mal feitos (havia chovido algumas horas antes), prova de que remendos protuberantes é a maior causa da retenção de águas pluviais, seguida da criação, nesses pontos, de novos buracos. O sistema marreteiro adotado pelas empresas “de engenharia” é uma verdadeira fabricação de buracos.

No dia 5 de maio, novas fotos dos mesmos buracos, que já estavam um pouco maiores, sem ultrapassar os 50 cm de diâmetro. Na primeira foto, os primeiros buracos da ponta alta da Rua Ceres foram fechados no dia 4 de maio, estendendo-se o tapa-buracos que estava sendo executado na Rua Japão. Logo abaixo, os buracos da Ceres continuaram.

O Cultivo de Buracos no Asfalto

janeiro 28, 2024

Domingo, 28 de janeiro de 2024, entre 6 e 7 horas da manhã. Rua da Liberdade, de intenso tráfego no sentido Avenida das Bandeiras – Rua Calógeras. Passei pela rua nos dias 18, 25 e hoje. Os buracos existentes (cerca de 15), estão sem remendo desde aquela primeira data, ou seja, há pelo menos 10 dias. A sequência de fotos está no sentido inverso ao do tráfego intenso.

Como se vê nas fotos acima, e nas fotos abaixo, salvo alguma rara exceção, os buracos se formam junto a um remendo. É que esses remendos não são feitos por profissionais especializados ou mesmo por artesãos, mas sim, por funcionários não qualificados, que não se preocupam em fazer com que os remendos fiquem na mesma altura do piso circundante. Ao contrário, colocam excesso de massa asfáltica, criando protuberâncias no pavimento.

Essas protuberâncias: a) propiciam, nas chuvas, a retenção de água em alguma de suas bordas; b) fazem com que as rodas dos veículos, nos pontos de desnível, trepidem, como se fossem marteletes a bater no asfalto. E o bater repetido num mesmo ponto, em desnível e com água parada, causa a ruptura e afundamento do asfalto. Além disso, o recorte do asfalto, em retângulo (quando isto ocorre), antes da aposição do CBUQ, aumenta muito o perímetro do remendo, e assim as áreas críticas que permitem a retenção de água da chuva.

O serviço de tapa-buracos não deveria ser feito por marreteiros, mas por artesãos ou profissionais especialmente habilitados.

E para terminar, abaixo o último buraco, muito pequeno, quase na chegada à Avenida das Bandeiras. E ao fundo, um vazamento na rede de abastecimento de água.

P.S.- Novas fotos da mesma rua. Primeiramente, os 4 buracos da 9ª foto acima, vistos nos dias 6/2 e 8/2 (este, um dia chuvoso):

Agora, vistas atualizadas (de 6/2 e 8/2) do buraco da 10ª foto da postagem original:

Bom, não poderei acompanhar o estado da rua nos próximos dias, já que viajarei para o interior. Mas do dia 18 de janeiro até o dia 8 de fevereiro, são mais de 21 dias de descaso da empresa tapadora de buracos.

PS 2: Os buracos da Rua da Liberdade, no trecho entre a Calógeras e a Bandeiras, continuam a fazer história (de pelo menos 45 dias). Limitando-nos aqui ao cruzamento dos 4 buracos, a primeira foto abaixo é do dia 18/02/2014, 09h42min; a segunda, do dia 29/02/2024, 16h38; a terceira, do dia 03/03/2024, 06h24min:

Na foto do meio, acima, do dia 29, percebe-se, sinalizado com capins, um vazamento de água. Esse vazamento, no dia 3, ainda não havia sido reparado, como mostra a foto abaixo:

PS 3: No dia 5 de março, à tarde, os buracos haviam sido tampados. As duas fotos abaixo indicam, primeiro o recorte e tamponamento na Esquina dos 4 Buracos, e depois a sobreposição do seu contorno numa das fotos acima. Servindo o tampão do sistema de drenagem (55 cm de diâmetro) como medida de referência, constata-se que a soma das áreas dos 4 buracos perfazem cerca de 0,32 m2, mas o recorte e recobrimento chegam a 1,49 m2, os buracos reais multiplicados por 4,65! Não há justificativa técnica para expandir a área dos buracos, já que seus entornos estavam sólidos e nivelados. A justificativa real é o aumento de faturamento, pela empresa, às custas dos contribuintes.

E como se percebe, o vazamento de água (e criação de novo buraco) já completava 5 dias.

A Orla Ferroviária I

maio 21, 2020

Inaugurada em dezembro de 2012, a Orla Ferroviária I se apresentava, em maio de 2020, nas suas duas pontas, junto ás avenidas Afonso Pena e Mato Grosso, como nas fotos abaixo. Ao adentrar o miolo, entre as ruas Antônio Maria Coelho e Barão do Rio Branco, fomos advertidos por um traficante de que não o fizéssemos, pelo porte da máquina fotográfica. Esse miolo constitui, atualmente, o que se poderia chamar de Orla Noiada, ponto e moradia de viciados em crack, e com degradação provavelmente bem maior do que a das pontas da Orla.

Ponta Adjacente à Avenida Afonso Pena:

Ponta Adjacente à Avenida Mato Grosso:

Início do Território dos Noias:

A Voçoroca da Avenida Lino

setembro 16, 2019

AnacheTaquaral6

Localização

No rumo Nordeste, a partir do centro da cidade, localizam-se as vilas Jardim Anache – Jardim Colúmbia (ao norte do trevo da saída para Cuiabá), e Estrela D’Alva – Taquaral Bosque (a oeste do anel rodoviário que demanda o citado trevo). As voçorocas que surgiram nesses locais distavam, uma da outra, cerca de 4,5 quilômetros.

Cronologia:

09/03/2008:

A Avenida Lino Villachá, que nasce no trevo da saída para Jaraguari, tangencia o Jardim Anache (quando se abre para o início da Rua Faride Georges) e sobe suavemente até a entrada das terras do Hospital São Julião, 800 metros depois.

Na parte da tarde, bem próximo da bifurcação, no ponto em que a avenida recebia uma carga fortíssima das águas pluviais do Anache, o solo do lado direito, que avançava em declive pela mata, começou a derruir. Mais tarde a erosão chegou ao asfaltamento e o foi solapando, abrindo, ao final, cratera com 50 metros de largura e, naquele espaço, 10 metros de profundidade.

As águas barrentas (das ruas sem calçamento e portanto sem bueiros) também alagaram, na sua passagem, várias casas próximas da avenida e das ruas adjacentes.

Na manhã seguinte o prefeito Nelsinho Trad e técnicos da Secretaria Municipal de Obras Públicas (SESOP) visitaram esse local e um outro, a alguns quilômetros dali, na Avenida Cônsul Assaf Trad, onde se formara cratera um pouco menor. (1)

13/03/2008:

O Diário Oficial do Estado, desse dia, traz decreto em que o governador André Puccinelli homologa o decreto municipal que estabelece situação de emergência (por 90 dias) relativa às áreas afetadas pela forte pluviosidade do dia 9. (2)

01/07/2008:

Foi assinado, nessa data, convênio entre a prefeitura e o Ministério da Integração Nacional, no valor de R$ 9.690.401,55, em que o ministério entraria com R$ 8.721.361,39 e o município, como contrapartida, com R$ 969.040,16.

Objeto: Prevenção a Desastres- Infra-Estrutura Urbana – Bacia do Córrego Botas 2 – Jardim Anache e Jardim Columbia em Campo Grande/MS, Local: Rua Elias Chacha, Rua Manche Catan David, Rua Sebastião Gomes Monteiro, Rua Jacob Georges, Rua Farid Georges, Vila Lino Villacha, Rua Pixuana, Rua Urariocara, Rua Tapaua, Avenida Caruma, Avenida (3)

Daquele valor o governo federal liberou, entre 7 e 13 de julho de 2008 (4), R$ 7.053.360,44.

26/01/2009 (5):

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Avenida Lino Villachá. Ao fundo, no centro, entrada para as terras do Hospital São Julião.

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A mesma cratera, vista do outro lado. À direita, escola municipal.

A voçoroca adentrando a mata da reserva legal do São Julião.

A voçoroca adentrando a mata da reserva legal do São Julião.

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A degradação se repetia na outra ponta da mata.

19/05/2009:

O prefeito Nelsinho Trad visitou as obras e asseverou (6):

“A obra está em fase final. Fizemos a drenagem de todos os bairros vizinhos, recuperamos a escola municipal Nazira Anache e estamos prestes a fechar definitivamente o buraco. Com este trabalho, a água vai correr de forma correta, para onde sempre deveria ter corrido, através da organização do sistema de drenagem, caindo no Córrego Botas. Em mais três meses a obra estará concluída”.

18/03/2010:

O Capital News visitou o Jardim Anache, constatando que a voçoroca ainda estava aberta, “atrapalhando o acesso de moradores”. Instado por esse saite, a prefeitura informou que “o buraco permanece porque é preciso terminar a terceira e última barragem necessária para conter o córrego que passa naquela região”. Se não chovesse, em 15 dias o buraco deveria ser tapado. (7)

06/08/2010:

A cratera foi tapada. Na parte da manhã o prefeito inaugurou a tubulação que liga a Avenida Lino Villachá ao local, 300 metros abaixo, no interior da mata, onde o terreno se apresenta estável e com pequena declividade. Nesse local (parte mais ao fundo da área assoreada mostrada na foto acima), também inaugurado, foi construída uma lagoa (com área de aproximadamente 3.000 m2) para recepção das águas dos tubos e dissipação de sua velocidade. Desse ponto as águas são direcionadas para uma câmara de retenção temporária, e daí para um piscinão (com paredes de 3,5 metros de altura) capaz de armazenar, liberando-as lentamente na direção do Córrego Botas, até 25 milhões de litros de água. A ilustração abaixo procura mostrar a situação do local quando da inauguração.

AnacheColumbia5

Para dar melhor idéia do conjunto de obras, vali-me de uma abstração: “retirei” os taludes que sustentam o muro de gabião próximo aos bovinos e a parede mais próxima do reservatório de concreto.

Segundo o Secretário de Obras, Antonio de Marco, ainda faltava pavimentar 50 mil m2 das ruas e avenidas do Jardim Anache e do Jardim Colúmbia, o que deveria “ser feito em breve”.(8)

28/02/2012:

O Ministério da Integração Nacional liberou a parcela final do Convênio, no valor de R$ 1.668.000,95. (3)

01/03/2012:

A prefeitura informou que iria executar drenagem e pavimentação de 7,4 quilômetros de ruas no Jardim Anache, nas proximidades do Hospital São Julião, com a liberação de R$ 1.668.000,95 pela Secretaria Nacional de Defesa Civil, saldo do convênio 374 de 2008. Pelo projeto está previsto o asfaltamento das ruas Elias Chacha, Manche Catan Davi, Sebastião Gomes Monteiro, Jacob Georges, Farid Georges, Pixuana, Tapuá e o recapeamento da Rua Lino Villacha, acesso ao Hospital São Julião. (9)

10/12/2012:

O prefeito em exercício, Edil Albuquerque, inaugurou “cerca de 10 quilômetros de asfalto e rede de drenagem nos bairros Colúmbia e Anache”, dando por concluídas as obras que visavam resolver o problema da voçoroca da região.(10)

11/03/2013 (11):

AvenidaLino

Avenida Lino Villachá, com a área da antiga cratera agora recuperada. À direita, ponta do muro da escola municipal, na Rua Faride Georges.

RuaPurus

Fim do primeiro trecho da Rua Purus. A área após o colchete (porteira de arame) é da Prefeitura, cedida em comodato. O muro de 2,5 metros de altura protege a mata.

ProlongamentoPurus-Piscinao

Continuação do muro mostrado na foto anterior. Ele inflete para a esquerda, acompanhando a mata, e tangencia a câmara de retenção e área norte do piscinão.

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À esquerda, a câmara de retenção; à direita, o piscinão. Foto tirada do ponto 1 da ilustração.

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Entre duas paredes de gabião, o vertedouro de concreto. Foto tirada do ponto 2 da ilustração.

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O vertedouro do piscinão. Foto tirada do ponto 3 da ilustração.

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O piscinão. Ao fundo, próximo ao muro, a câmara de retenção. Foto tirada do ponto 4.

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Piscinão. Um fio d’água corre para o vertedouro. À esquerda, parede de gabião coberta por lianas e trepadeiras. Ao fundo, casas do Jardim Colúmbia.  Foto tirada do ponto 5.

Conclusão

Parece que foram montados, para resolver o problema da voçoroca, um bom projeto e, apesar da excessiva e inexplicada demora, uma boa execução, como se pode ver pelas fotos acima, tiradas 2 anos e meio depois da conclusão das galerias e piscinões do fundo de vale. A Natureza está se recompondo bem nos locais antes degradados.

Faltou a Prefeitura informar o valor parcial do orçamento do Convênio que ficou com essas galerias e piscinões, e o outro valor parcial que  foi destinado ao asfaltamento e construção de guias, sarjetas e tubulação nas vias públicas do Jardim Anache e do Jardim Colúmbia.  Faltou ainda informar quais vias, especificamente, foram asfaltadas com recursos do projeto, e quais as metragens totais dos asfaltamentos e obras complementares realizados.

____________________

(1) http://www.midiamax.com.br/noticias/318400

(2) http://www.capitalnews.com.br/ver_not.php?id=44395&ed=Geral&cat=Not%C3%ADcias

(3) http://www.portaldatransparencia.gov.br/convenios/DetalhaConvenio.asp?CodConvenio=627041&TipoConsulta=0

(4) http://www.correiodoestado.com.br/noticias/prefeitura-vai-asfaltar-trecho-entre-columbia-e-anache-com-r_142699/

(5) https://timblindim.wordpress.com/2009/01/26/vocoroca-suburbana/

https://timblindim.wordpress.com/2009/01/27/ainda-a-vocoroca/

(6) http://www.pmcg.ms.gov.br/cgnoticias/noticiaCompleta?id_not=2129

(7) http://www.capitalnews.com.br/ver_not.php?id=89271&ed=Geral&cat=Not%EDcias

(8) http://www.capitalnews.com.br/ver_not.php?id=97404&ed=Geral&cat=Geral

(9) http://www.correiodoestado.com.br/noticias/prefeitura-vai-asfaltar-trecho-entre-columbia-e-anache-com-r_142699/

(10) Correio do Estado, 11/12/2012, matéria “Edil inaugura obras…”, página 14.

(11) Fotos do autor.

 

Lagoa Itatiaia

janeiro 2, 2015

Lagoa Itatiaia, em Campo Grande – MS, tarde de 2 de janeiro de 2015.

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Um Tarumã (Vitex montevidensis).

Um Tarumã (Vitex montevidensis).

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