Macro LibreOffice : CellRange e setDataArray

abril 6, 2021



Eu tinha uma planilha para completar, com cerca de mil linhas. 180 dessas linhas estavam com 3 das 4 células em branco, à espera da complementação. Havia uma tabela à parte, com os dados que faltavam na tabela maior.

Na foto abaixo aparecem, nas 4 primeiras colunas, o início da tabela a ser completada. Notem os espaços em branco, que ressaltei com molduras em vermelho. Nesses primeiros 6 registros eu devia encaixar, por macro, os dados da tabela à direita, menos, é claro, os nomes (coluna G), que já constavam na tabela maior.

Elaborei uma macro (dentro do Calc LibreOffice) que localizasse, na tabela maior, o primeiro nome da tabela menor. Em seguida, devia a macro copiar o conteúdo das três células à direita do nome e colá-las à direita do mesmo nome constante da tabela incompleta. Era o caso de trabalhar com cópia e colagem, não de células individuais, mas de uma faixa de células (CellRange). Eis a macro:
Sub Main

Dim oDoc As Object
Dim oSheet As Object
Dim Cell As Object
Dim iCol, iCol2 As Integer
Dim iLin, iLin2 As Integer
Dim oRange1(6 to 8 , 2), oRange2(1 to 3 , 2)
Dim nome1, nome2 As String

oDoc = ThisComponent
oSheet = oDoc.Sheets(0)

iCol = 6
iLin = 2
iCol2 = 1
iLin2 = 2
nome1 = “A”
nome2 = “B”

While iLin < 8 and nome2 <> “” and nome1 <> “”

ReDim oRange1(1 to 3 , iLin), oRange2(6 to 8 , iLin)

oCell = oSheet.getCellByPosition(iCol,iLin)
nome1 = oCell.String
oCell = oSheet.getCellByPosition(iCol2, iLin2)
nome2 = oCell.String

If nome1 = nome2 Then

oRange1 = oSheet.getCellRangeByPosition(7,iLin,9,iLin)
oRange2 = oSheet.getCellRangeByPosition(2,iLin2,4,iLin2)
oRange2.setDataArray(oRange1.getDataArray())

iLin = iLin + 1

End If

iLin2 = iLin2 + 1

Wend

End Sub

Esta versão da macro está adaptada ao tamanho reduzido aqui exposto, isto é, só trabalha até transpor os dados do sexto nome da tabela menor.
Importante notar que na declaração das variáveis oRange1 e oRange2, é preciso especificar o conjunto de células de cada uma. No caso, ambas têm 3 colunas e 1 linha. Dim oRange1(1 to 3, 2) e Dim oRange2(6 to 8, 2) indicam as primeiras posições das duas faixas. Não esquecer que a contagem das linhas e colunas começa com zero (0) e não com 1.

ReDim é necessário para que os parâmetros (célula inicial e célula final das faixas) possam mudar de acordo com as exigências do programa. Assim, quando o programa chegar ao segundo nome da tabela menor (ADILSON), teremos oRange1(6 to 8, 3), mudança da linha.
Rodada a macro, a página ficará assim:

Estive consultando o Basic Development Guide, e lá constatei que existe uma outra maneira de obter o resultado acima, só que apagando os dados copiados para a tabela inicialmente incompleta. Adaptei a macro acima, ficando ela assim:

Sub Main
Dim Doc As Object
Dim Cell, Sheet As Object
Dim CellRangeAddress As New com.sun.star.table.CellRangeAddress
Dim CellAddress As New com.sun.star.table.CellAddress
Dim iLin, iLin2, contador As Integer
Dim nome1, nome2 As String

Doc = StarDesktop.CurrentComponent
Sheet = Doc.Sheets(0)
iLin = 2
iLin2 = 2
contador = 0
nome1 = “A”
nome2 = “B”

While contador < 27

Cell = Sheet.getCellByPosition(6,iLin)
nome1 = Cell.String
Cell = Sheet.getCellByPosition(1,iLin2)
nome2 = Cell.String
msgbox nome1 & nome2

If nome1 = nome2 Then

CellRangeAddress.Sheet = 0
CellRangeAddress.StartColumn = 7
CellRangeAddress.StartRow = iLin
CellRangeAddress.EndColumn = 9
CellRangeAddress.EndRow = iLin

CellAddress.Sheet = 0
CellAddress.Column = 2
CellAddress.Row = iLin2

Sheet.moveRange(CellAddress, CellRangeAddress)

iLin = iLin + 1
iLin2 = iLin2 + 1
Else
iLin2 = iLin2 + 1
End If
contador = contador + 1
Wend

End Sub

Com essa macro, aquela página inicial ficará assim:

MacroRange3

A Orla Ferroviária I

maio 21, 2020

Inaugurada em dezembro de 2012, a Orla Ferroviária I se apresentava, em maio de 2020, nas suas duas pontas, junto ás avenidas Afonso Pena e Mato Grosso, como nas fotos abaixo. Ao adentrar o miolo, entre as ruas Antônio Maria Coelho e Barão do Rio Branco, fomos advertidos por um traficante de que não o fizéssemos, pelo porte da máquina fotográfica. Esse miolo constitui, atualmente, o que se poderia chamar de Orla Noiada, ponto e moradia de viciados em crack, e com degradação provavelmente bem maior do que a das pontas da Orla.

Ponta Adjacente à Avenida Afonso Pena:

Ponta Adjacente à Avenida Mato Grosso:

Início do Território dos Noias:

O Balaio de Quatirim e o Sapo de Fora

novembro 13, 2019

                                                                                                                                                   por JARBAS SIMILEVINSK

Itaquatirim da Goiabeira era uma cidade de porte médio, situada, a partir de Brasília, numa das direções da Rosa dos Ventos. Por uma combinação de circunstâncias, algumas permanentes e outras eventuais, a cidade acumulava muita riqueza e poder.

Quatirim, como é carinhosamente apelidada pelos seus habitantes, era dominada por um grupo político heterogêneo, formado por antigas famílias fazendeiras, imigrantes e seus descendentes, profissionais liberais, funcionários públicos, comerciantes, empreiteiras, além de charmosos integrantes do submundo da contravenção e, eventualmente, do crime. Um balaio de gatos, mas com todos se considerando ou nobres ou superiores em face dos cidadãos comuns, de extração popular, que os sustentavam e ao mesmo tempo os atemorizavam.

Naquela cidade onde o deus hegemônico atendia pelo nome de Dinheiro, embora, estranhamente, vivia-se citando um Filho de Deus que nunca tivera o menor apreço por essa invenção humana, o Balaio de Gatos costumava se acomodar pragmaticamente, de modo a poder navegar com segurança, embora sem garbo, sobre as cabeças do populacho.

O Balaio tinha um Calcanhar de Aquiles: precisava, de quatro em quatro anos, dos votos do povão, exigência do regime democrático, que permitia uma exploração mais eficiente do que um regime autoritário, sempre malvisto mundo afora. E o povão, embora tolerasse a pretensa superioridade dos privilegiados, precisava de um “tapinha nas costas” de vez em quando, para não degringolar na depressão e no desespero. É aí que entravam os chamados “comunicadores”, artistas que viviam de fazer representações de conceitos estereotipados como “bom moço”, “mocinho”, “meigo”, “justo”, “honesto”, “amigo do rei”, “bonito”, “carismático”, “vai lá e resolve”, “corajoso”, “administrador”, “tocador de obras”, “rouba mas faz”, “algoz da Corrupção”, “desbocado”, “caçador de Marajás”, etc., nas mais variadas combinações.

Pois bem. O comunicador geralmente tem uma técnica muito pessoal, aprendida em décadas de malandragem no meio familiar e vizinhanças. Não é, evidentemente, um líder, pois este sempre atua junto a um grupo homogêneo, atendendo às suas indicações. É um ser egoísta, tipo “sozinho contra o mundo”, embora disfarçado de “amigo de todo o mundo”.

Em 1996 ocorreram eleições em Itaquatirim da Goiabeira. O Balaio estava em luta intestina, com dois grupelhos querendo cada um abiscoitar percentagem maior da riqueza gerada pela Natureza, pela Tecnologia e pelos homens do povo. O grupelho maior conseguiu ganhar a duras penas, e por reduzida maioria de votos, apresentando um candidato majoritário, Pancrácio, do tipo “bom moço”, “justo”, “amigo do rei”, e “vai lá e resolve”. O adversário principal tinha um perfil parecido, mas era um pouco menos incisivo, pois não era “amigo do rei”.

Ao tomar posse, o novo prefeito logo percebeu que o anterior continuava governando, quer pelas leis, decretos e contratos de fim de mandato, quer pelas relações carnais com a maioria dos funcionários municipais, principalmente os secretários. Indignado, Pancrácio chegou a emitir decreto suspendendo por alguns meses a vigência de um bom número de contratos. Mas logo se acomodou e, com os bons ventos que vinham do Planalto Central, começou a recompor com os dissidentes, em vista do perigo maior que seria o crescimento do grupo que pretendia (pelo menos no discurso) mudar o status quo municipal. E começou a conquistar corações e mentes populares, através de associações de moradores, comissões disto e daquilo, ONGs e pequenas empreiteiras brotadas na periferia. Dentro do grupo, distribuía homenagens e presentes, que iam da denominação de logradouros públicos à concessão de usufruto de áreas públicas. Era “generoso” com os bens públicos, mas exigia fidelidade canina dos beneficiados. Tornara-se desbocado e truculento com os adversários, e por isso assumira a liderança inconteste do Balaio.

Nas eleições seguintes, onde pleiteava a recondução ao cargo de prefeito, fez-se um uso inteligente do orçamento oficial, secundado pelos já expressivos valores do tradicional Caixa 2. A oposição, que conquistara em 98 o governo da província, ainda não se situara adequadamente no terreno dos desvios de verbas públicas, e por isso ofereceu pouca resistência. Vitória inconteste de Pancrácio, por larga margem de votos. Nos quatro anos seguintes a técnica dos presentes e cooptações, homenagens e parcerias populares se aprimorou, e o prefeito gozava, ao final do mandato, de grande popularidade.

Nas eleições de 2004 Pancrácio não mais poderia se candidatar. No Balaio havia muitos pretendentes à candidatura, mas surgira uma situação imprevista: do nada, ou mais precisamente de um programa de televisão de míseros 12 minutos, surgira uma figura estranha, meio andrógina, que, sendo médico, falava dos problemas de saúde (fora de sua ingrata especialidade) que afligiam a população periférica (principalmente as mulheres). Com o seu “evidente amor aos pobres” e uma voz de contralto, conquistara o coração feminino. Esse personagem, que se chamava Jucamel, apresentava, já no início de 2004, altos índices de intenções de voto e, sendo de outro partido que não o de Pancrácio, punha em risco o plano continuísta do Balaio. Foi aí que se juntaram fome e vontade de comer: Jucamel abandonou o partido anterior e ofereceu noivado ao de Pancrácio. Este relutou muito, mas acabou vencido por ampla maioria do Balaio, que não queria correr riscos eleitorais. Mas Pancrácio chamou o novo artista para uma conversa e impôs condição: Jucamel receberia, dos valores de Caixa 2 gerados pela futura administração, exatos 20%, e nem 1 centavo a mais, para gastar conforme lhe aprouvesse.

Jucamel teve uma fácil vitória em primeiro turno, apesar do moderado derrame de dinheiro executado pela oposição, agora mais escolada em desvios de verbas e construção de Caixa 2. Mas o novo prefeito trazia consigo, não meia dúzia de correligionários interioranos, como o anterior, mas todo um grande grupo, louco por ascendência econômica e social. Porém  Jucamel obedeceu fielmente ao contratado durante os primeiros 2 anos de seu mandato.

Entretanto, chegado o ano pré-eleitoral, viu que precisava de mais dinheiro para construir um grupo hegemônico de apoio parlamentar. Em outras palavras, precisava, em vista de seus ambiciosos planos para o futuro, contar com uma grande bancada própria na Câmara Municipal e na Assembleia Legislativa. Propôs a Pancrácio aumentar, em valores absolutos, as quotas de cada grupo do Balaio, compensando uma “pequena” alteração (de 80-20 para 60-40) nos valores percentuais. “Todos saem ganhando”, sibilava o esperto negociador; “e agora, que a oposição está sem cargo majoritário provincial, e portanto sem dinheiro, vamos avançar sobre o eleitorado deles!”

Por essa fórmula, que decorreria de elevar os sobrepreços dos contratos a mais altos patamares, efetivamente todos no Balaio sairiam ganhando, mas o grupo Jucamel ganharia muito mais, aumentando a sua fatia do bolo. Pancrácio recusou peremptoriamente. Mesmo assim, os patamares subiram durante o ano, como uma isca para os  indecisos. Ao final do exercício o melífluo prefeito tentou um novo acordo, com um prévio e generosíssimo aumento do já elevado patamar de sobrepreços, contratos que eram verdadeiros presentes de Papai Noel para empresas “parceiras”. Mas como Pancrácio tapou os ouvidos ao canto de Sereia, chegou a hora de Jucamel “chutar o pau da barraca” (porém sem tombá-lo): chamou de volta os contratados e anunciou uma drástica derrubada (30%!) de todos os valores, impondo-lhes novas assinaturas.

Todos no Balaio estavam felizes com suas retiradas do Butim, menos o grupo Jucamel, que também deveria estar, mas queria mais. No ano eleitoral, o jeito foi arranjar dinheiro de outras fontes, todas mais ou menos perigosas. E Jucamel teve uma reeleição consagradora, conseguindo uma bancada de apoio um pouco maior da que decorreria do seu percentual de 20%. Contudo, não estava feliz, e estranhamente começou a falar de uma crise, prevista pela numerologia maia, que ninguém mais conseguia vislumbrar. Na verdade, era a crise da visita dos agiotas, com suas sinistras e inadiáveis faturas. Que fazer? Novas contratações, claro, mas desta vez tão loucas a ponto do contratador merecer pedras, se por acaso o distinto público desconfiasse de seu teor. Descartados os 40 por cento, os 20 por cento pelo menos permitiriam rolar a dívida. E a dívida rolou, mas prometia crescer como bola de neve na ribanceira.

A Voçoroca da Avenida Lino

setembro 16, 2019

AnacheTaquaral6

Localização

No rumo Nordeste, a partir do centro da cidade, localizam-se as vilas Jardim Anache – Jardim Colúmbia (ao norte do trevo da saída para Cuiabá), e Estrela D’Alva – Taquaral Bosque (a oeste do anel rodoviário que demanda o citado trevo). As voçorocas que surgiram nesses locais distavam, uma da outra, cerca de 4,5 quilômetros.

Cronologia:

09/03/2008:

A Avenida Lino Villachá, que nasce no trevo da saída para Jaraguari, tangencia o Jardim Anache (quando se abre para o início da Rua Faride Georges) e sobe suavemente até a entrada das terras do Hospital São Julião, 800 metros depois.

Na parte da tarde, bem próximo da bifurcação, no ponto em que a avenida recebia uma carga fortíssima das águas pluviais do Anache, o solo do lado direito, que avançava em declive pela mata, começou a derruir. Mais tarde a erosão chegou ao asfaltamento e o foi solapando, abrindo, ao final, cratera com 50 metros de largura e, naquele espaço, 10 metros de profundidade.

As águas barrentas (das ruas sem calçamento e portanto sem bueiros) também alagaram, na sua passagem, várias casas próximas da avenida e das ruas adjacentes.

Na manhã seguinte o prefeito Nelsinho Trad e técnicos da Secretaria Municipal de Obras Públicas (SESOP) visitaram esse local e um outro, a alguns quilômetros dali, na Avenida Cônsul Assaf Trad, onde se formara cratera um pouco menor. (1)

13/03/2008:

O Diário Oficial do Estado, desse dia, traz decreto em que o governador André Puccinelli homologa o decreto municipal que estabelece situação de emergência (por 90 dias) relativa às áreas afetadas pela forte pluviosidade do dia 9. (2)

01/07/2008:

Foi assinado, nessa data, convênio entre a prefeitura e o Ministério da Integração Nacional, no valor de R$ 9.690.401,55, em que o ministério entraria com R$ 8.721.361,39 e o município, como contrapartida, com R$ 969.040,16.

Objeto: Prevenção a Desastres- Infra-Estrutura Urbana – Bacia do Córrego Botas 2 – Jardim Anache e Jardim Columbia em Campo Grande/MS, Local: Rua Elias Chacha, Rua Manche Catan David, Rua Sebastião Gomes Monteiro, Rua Jacob Georges, Rua Farid Georges, Vila Lino Villacha, Rua Pixuana, Rua Urariocara, Rua Tapaua, Avenida Caruma, Avenida (3)

Daquele valor o governo federal liberou, entre 7 e 13 de julho de 2008 (4), R$ 7.053.360,44.

26/01/2009 (5):

vocoroca_03x

Avenida Lino Villachá. Ao fundo, no centro, entrada para as terras do Hospital São Julião.

vocoroca_04x

A mesma cratera, vista do outro lado. À direita, escola municipal.

A voçoroca adentrando a mata da reserva legal do São Julião.

A voçoroca adentrando a mata da reserva legal do São Julião.

vocoroca_09x

A degradação se repetia na outra ponta da mata.

19/05/2009:

O prefeito Nelsinho Trad visitou as obras e asseverou (6):

“A obra está em fase final. Fizemos a drenagem de todos os bairros vizinhos, recuperamos a escola municipal Nazira Anache e estamos prestes a fechar definitivamente o buraco. Com este trabalho, a água vai correr de forma correta, para onde sempre deveria ter corrido, através da organização do sistema de drenagem, caindo no Córrego Botas. Em mais três meses a obra estará concluída”.

18/03/2010:

O Capital News visitou o Jardim Anache, constatando que a voçoroca ainda estava aberta, “atrapalhando o acesso de moradores”. Instado por esse saite, a prefeitura informou que “o buraco permanece porque é preciso terminar a terceira e última barragem necessária para conter o córrego que passa naquela região”. Se não chovesse, em 15 dias o buraco deveria ser tapado. (7)

06/08/2010:

A cratera foi tapada. Na parte da manhã o prefeito inaugurou a tubulação que liga a Avenida Lino Villachá ao local, 300 metros abaixo, no interior da mata, onde o terreno se apresenta estável e com pequena declividade. Nesse local (parte mais ao fundo da área assoreada mostrada na foto acima), também inaugurado, foi construída uma lagoa (com área de aproximadamente 3.000 m2) para recepção das águas dos tubos e dissipação de sua velocidade. Desse ponto as águas são direcionadas para uma câmara de retenção temporária, e daí para um piscinão (com paredes de 3,5 metros de altura) capaz de armazenar, liberando-as lentamente na direção do Córrego Botas, até 25 milhões de litros de água. A ilustração abaixo procura mostrar a situação do local quando da inauguração.

AnacheColumbia5

Para dar melhor idéia do conjunto de obras, vali-me de uma abstração: “retirei” os taludes que sustentam o muro de gabião próximo aos bovinos e a parede mais próxima do reservatório de concreto.

Segundo o Secretário de Obras, Antonio de Marco, ainda faltava pavimentar 50 mil m2 das ruas e avenidas do Jardim Anache e do Jardim Colúmbia, o que deveria “ser feito em breve”.(8)

28/02/2012:

O Ministério da Integração Nacional liberou a parcela final do Convênio, no valor de R$ 1.668.000,95. (3)

01/03/2012:

A prefeitura informou que iria executar drenagem e pavimentação de 7,4 quilômetros de ruas no Jardim Anache, nas proximidades do Hospital São Julião, com a liberação de R$ 1.668.000,95 pela Secretaria Nacional de Defesa Civil, saldo do convênio 374 de 2008. Pelo projeto está previsto o asfaltamento das ruas Elias Chacha, Manche Catan Davi, Sebastião Gomes Monteiro, Jacob Georges, Farid Georges, Pixuana, Tapuá e o recapeamento da Rua Lino Villacha, acesso ao Hospital São Julião. (9)

10/12/2012:

O prefeito em exercício, Edil Albuquerque, inaugurou “cerca de 10 quilômetros de asfalto e rede de drenagem nos bairros Colúmbia e Anache”, dando por concluídas as obras que visavam resolver o problema da voçoroca da região.(10)

11/03/2013 (11):

AvenidaLino

Avenida Lino Villachá, com a área da antiga cratera agora recuperada. À direita, ponta do muro da escola municipal, na Rua Faride Georges.

RuaPurus

Fim do primeiro trecho da Rua Purus. A área após o colchete (porteira de arame) é da Prefeitura, cedida em comodato. O muro de 2,5 metros de altura protege a mata.

ProlongamentoPurus-Piscinao

Continuação do muro mostrado na foto anterior. Ele inflete para a esquerda, acompanhando a mata, e tangencia a câmara de retenção e área norte do piscinão.

piscinao1

À esquerda, a câmara de retenção; à direita, o piscinão. Foto tirada do ponto 1 da ilustração.

piscinao2

Entre duas paredes de gabião, o vertedouro de concreto. Foto tirada do ponto 2 da ilustração.

piscinao3

O vertedouro do piscinão. Foto tirada do ponto 3 da ilustração.

piscinao4

O piscinão. Ao fundo, próximo ao muro, a câmara de retenção. Foto tirada do ponto 4.

piscinao5

Piscinão. Um fio d’água corre para o vertedouro. À esquerda, parede de gabião coberta por lianas e trepadeiras. Ao fundo, casas do Jardim Colúmbia.  Foto tirada do ponto 5.

Conclusão

Parece que foram montados, para resolver o problema da voçoroca, um bom projeto e, apesar da excessiva e inexplicada demora, uma boa execução, como se pode ver pelas fotos acima, tiradas 2 anos e meio depois da conclusão das galerias e piscinões do fundo de vale. A Natureza está se recompondo bem nos locais antes degradados.

Faltou a Prefeitura informar o valor parcial do orçamento do Convênio que ficou com essas galerias e piscinões, e o outro valor parcial que  foi destinado ao asfaltamento e construção de guias, sarjetas e tubulação nas vias públicas do Jardim Anache e do Jardim Colúmbia.  Faltou ainda informar quais vias, especificamente, foram asfaltadas com recursos do projeto, e quais as metragens totais dos asfaltamentos e obras complementares realizados.

____________________

(1) http://www.midiamax.com.br/noticias/318400

(2) http://www.capitalnews.com.br/ver_not.php?id=44395&ed=Geral&cat=Not%C3%ADcias

(3) http://www.portaldatransparencia.gov.br/convenios/DetalhaConvenio.asp?CodConvenio=627041&TipoConsulta=0

(4) http://www.correiodoestado.com.br/noticias/prefeitura-vai-asfaltar-trecho-entre-columbia-e-anache-com-r_142699/

(5) https://timblindim.wordpress.com/2009/01/26/vocoroca-suburbana/

https://timblindim.wordpress.com/2009/01/27/ainda-a-vocoroca/

(6) http://www.pmcg.ms.gov.br/cgnoticias/noticiaCompleta?id_not=2129

(7) http://www.capitalnews.com.br/ver_not.php?id=89271&ed=Geral&cat=Not%EDcias

(8) http://www.capitalnews.com.br/ver_not.php?id=97404&ed=Geral&cat=Geral

(9) http://www.correiodoestado.com.br/noticias/prefeitura-vai-asfaltar-trecho-entre-columbia-e-anache-com-r_142699/

(10) Correio do Estado, 11/12/2012, matéria “Edil inaugura obras…”, página 14.

(11) Fotos do autor.

 

Cará em Concreto na Lagoa Itatiaia

agosto 30, 2018

30 de agosto de 2018, cerca de 14:30 horas.

Lagoa Itatiaia, local margeado por sequências de belos sobrados. Nas suas águas, quase na margem, foi erigida, basicamente em concreto armado, escultura de 5 metros de comprimento por 2 metros de altura, pelo artista plástico Pedro Guilherme Garcia Goes, conhecido por exposições e intervenções urbanas em Campo Grande. Esta obra em particular, representativa do peixe Cará, foi patrocinada pelo Fundo Municipal de Incentivo à Cultura, conforme edital de aprovação publicado no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) nº 1571, de 20 de maio de 2004.

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