Archive for the ‘Arquitetura’ Category

Santa Rita do Pardo e o Paço da Desídia

julho 26, 2015

No início da década de 2000, parte de uma indenização paga pela CESP – Companhia Energética de São Paulo S.A., veio ter às mãos da Prefeitura Municipal de Santa Rita do Pardo, via transferência oriunda do Governo do Estado (na época era governador o Zeca do PT). R$ 900.000,00. Com esse dinheiro a prefeitura (sob a administração de Antônio Arcanjo dos Santos, do PSDB) fez construir um magnífico prédio, com 1.851 m2, para servir de sede para o executivo municipal. Seria o Paço Municipal, e realmente mereceria o nome de paço.

Em dezembro de 2004 o prédio estava praticamente pronto, tanto que recebeu todas as placas de inauguração. Mas veio a mudança da administração, e em 1° de janeiro de 2005 assumiu a prefeita Eledir Barcelos de Souza, do PT, eleita no ano anterior como  candidata única. A nova mandatária constatou que faltavam pequenos detalhes para considerar a obra acabada, coisas que quantificou em minúsculos 2% (dois por cento). Era de se esperar que a prefeita contatasse a empresa construtora para que esta terminasse adequadamente a obra. Em caso de recusa, deveria ser instaurado procedimento de perícia visando estabelecer a irregularidade e, a partir daí, acionar administrativa ou judicialmente os eventuais responsáveis. Diz-nos o Bom Senso que em seguida (ou pelo menos no primeiro semestre de seu mandato) deveria a prefeita terminar a obra (já que faltava muito pouco e a construção era responsabilidade do município) e instalar no prédio, magnificamente, toda a sua administração.

Talvez mal aconselhada, a prefeita não tomou nenhuma providência sensata. Pior: não cuidou para que o prédio fosse permanentemente vigiado, de forma a evitar depredações, por vândalos autônomos, por vândalos a soldo de inimigos políticos ou (nunca se sabe…) por vândalos a soldo de amigos políticos. Na prática, preferiu a prefeita abandonar a obra e emparedar-se no barracão que atende, em letras monumentais, pelo pomposo título de “Paço Municipal”. E assim continuou por todo o primeiro mandato, e também pelo segundo, que terminou em 31/12/2012.

O novo prefeito, Cacildo Dagno Pereira, do PRP,  não fez melhor. Ao invés de também acionar o Ministério Público para o caso de abandono do imóvel, apenas acionou o Tribunal de Contas do Estado, que só poderia, ao nosso ver, ocupar-se das contas referentes à execução da obra, ou seja, às contas do prefeito Antônio Arcanjo dos Santos e àquele percentual de 2% de inconclusão. Em todo caso, o TCE resolveu realizar “inspeção especial no intuito de averiguar a existência de possíveis indícios do abandono e da falta de conclusão final da obra do prédio do paço municipal”. Assinado por três engenheiros, foi expedida em 10 de maio de 2013 a ANC-DEAMA-5245/2013, com descrições detalhadas e farto material fotográfico, constatando a procedência da denúncia e o estado deplorável do imóvel, apenas um pouco menos ruim do que o estado atual, documentado nas fotos abaixo. Não soubemos de nenhum resultado prático da denúncia e de sua constatação, mas enquanto isso o novo prefeito copiava a inação da prefeita anterior (fugindo da resolução do problema, ou seja, do término da obra), e novos vidros iam sendo estilhaçados e ocorriam novos furtos de materiais.

No olhômetro, calculamos que se esse prédio fosse particular, seu proprietário iria gastar, hoje, cerca de R$ 300.000,00 para deixá-lo limpo, com fiação elétrica e pintura completos, com o forro e as instalações hidráulicas reconstituidos e os vidros estilhaçados repostos. Mas o prejuízo para Santa Rita do Pardo deve também incluir os aluguéis desnecessariamente pagos pela prefeitura nesses quase 11 anos (pois certamente os há)…

Vistas Externas da Parte Frontal

Defronte ao parque municipal, a majestosa construção que visava abrigar a Prefeitura. Terminada em 2004 (98%), desde então foi relegada ao abandono.

Defronte ao parque municipal, a majestosa construção que visava abrigar a Prefeitura.

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Vistas do Saguão

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Vistas do Interior da Ala Oeste

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 Vistas do Interior da Ala Leste

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Vistas Externas dos Fundos

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Vista do barracão onde funciona a sede da prefeitura municipal

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O Pequeno Falcão

No saguão do prédio abandonado, encontramos um pequeno falcão morto recentemente. A espécie tem o nome de Quiriquiri (nome científico, “Falco sparverius” L), e o exemplar deve ter morrido ao se chocar contra o vidro. Dentre os falconídeos, essa espécie é talvez a mais bela, pelas faixas e pintas de sua plumagem.

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Outras Fontes:

1 – http://www.tce.ms.gov.br/portal/admin/uploads/Santa%20Rita%281%29.pdf

2 – http://www.santaritadopardonews.com.br/noticias/tce-apura-obra-inacabada-da-prefeitura-de-santa-rita/42203

3 – http://www.sad.ms.gov.br/wp-content/uploads/sites/20/2015/03/santa_rita_do_pardo.pdf

 

São Julião, Hospital-Parque

março 25, 2014

Hospital São Julião, em Campo Grande. Um local aprazível, com belas construções e manutenção impecável.

Hospital

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Capela

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Escola

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Centro de Convenções

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Bosque

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Inaugurado, Abandonado e Desfigurado

março 3, 2014

Trata-se do Terminal Rodoviário de Nioaque, pequena cidade a 170 quilômetros de Campo Grande e uma das mais antigas do Estado de Mato Grosso do Sul. O belo projeto arquitetônico não merece esse destino.

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Lado de acesso dos passageiros . . .

Lado de acesso dos passageiros . . .

. . . e a desastrosa invasão do projeto Sesi/Fiems.

. . . e a desastrosa invasão do projeto Sesi/Fiems.

Não contactamos a Prefeitura, mas diz o povo da cidade que o Corpo de Bombeiros não concedeu o Alvará de Funcionamento, porque haveria um “afundamento” junto à fundação de um dos 12 pilares metálicos que sustentam a cobertura da obra.

Bom, não é preciso ser engenheiro para constatar, visitando o local, que tal coisa não ocorre. Não há afundamento nenhum. O que há são rachaduras no contrapiso da plataforma de embarque. Na sua quase totalidade, as rachaduras acompanharam as divisões metálicas do granilite da superfície, mostrando-se retas, o que indica muito pouca força, insuficiente até para contrariar as junções do fino piso. O fato de uma das rachaduras ter contrariado as junções da superfície, expandindo-se até a base de concreto do pilar (sem contudo afetá-la), não muda o diagnóstico.

Basta aplicar uma massa nas rachaduras, e o terminal estará pronto para ser utilizado, evitando-se assim o desperdício do escasso dinheiro dos cofres públicos. Aliás, desde maio de 2013 (inauguração da obra) até ontem, 2 de março de 2014, as rachaduras não sofreram quaisquer expansões, o que confirma o diagnóstico. Assim, nada impede que seja concedido um alvará provisório, até mesmo para testar a precisão do diagnóstico acima. Mesmo se houvesse o tal afundamento, 1 pilar em 12 não poderia causar nenhum dano se afundasse 1 ou 2 milímetros (do que, aliás, duvidamos, face à boa qualidade da intacta fundação).

Mas falemos da invasão perpetrada pelo Sesi na praça do Terminal Rodoviário, desfigurando a vocação e a proposta original para o espaço. Aqui o prefeito não tem desculpa. Ademais, onde já se viu biblioteca ficar pegada a uma estação rodoviária? Certamente não é por falta de outros espaços na pequena cidade, nem por faltar à instituição sistemaessista dinheiro para comprar terreno próprio. Além de que o alambrado que cerca essa obra invade desnecessariamente espaços vizinhos, cortando (acreditem!)  a passagem para carros de um dos acessos do Terminal.

Esperamos que o Bom Senso volte a funcionar na Prefeitura de Nioaque, bem como no Governo do Estado (via Bombeiros), e tudo se resolva a contento, com o Terminal sendo normalmente utilizado e os carros passando pelo espaço que lhes foi destinado…

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Obras do Aquário do Pantanal (2)

fevereiro 24, 2014

Parque das Nações Indígenas, Campo Grande, tarde do dia 23 de fevereiro de 2014.

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Ponte Ferroviária rural sobre o Rio Aquidauana

julho 30, 2013

Domingo, 28 de julho de 2013. Com o Tiquinho atuando como piloteiro, saímos do ancoradouro de sua fazenda e descemos o Rio Aquidauana por uns 10 quilômetros,  até a ponte ferroviária (50 metros de extensão) , pouco acima (1,5 km) da foz do Rio Cachoeirão. Feitas as imagens da ponte, retornamos à fazenda, fazendo as sete últimas fotos.

A ponte

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A ponte, a montante da posição do barco.

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A ponte, agora a jusante do barco pilotado pelo Tiquinho.

Rio Aquidauana acima

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