Temos aqui mais um “elefante branco”, inaugurado em 07/03/1971 para acolher até 45.000 pessoas. Apenas uma vez, em 23/02/1978, no jogo do Operário (clube local) contra o Palmeiras, em que este perdeu por 2 a 0, a lotação do estádio aproximou-se bisonhamente daquele total: 38.122.
Agora, com a desculpa da Copa de 2014, querem criar um novo elefante branco, literalmente montado sobre o atual. Falam em investimentos de R$ 300 milhões, “a serem despendidos pela Iniciativa Particular”, numa Parceria Público-Privada (PPP). Mas, vejam bem, a realização das obras ficam garantidas, junto à FIFA (e aos tribunais internacionais), pelos poderes públicos estadual e municipal. Algo nos diz que isto vai acabar sendo pago pela população sul-matogrossense. Mesmo porque esses “poderes públicos”, na euforia da Copa, não devem ter se preocupado em exigir, como contrapartida complementar do consórcio proponente do negócio (a firma portuguesa Somague e a brasileira Carioca Engenharia, esta protagonista de um feio acidente em São Paulo), um seguro que viabilize o término da obra nos prazos e condições indicados…
De qualquer maneira, o valor citado é absurdo. Numa reconstrução que ficará com cerca de 60.000 metros quadrados (atualmente o Morenão deve ter em torno de 48.000, incluída a parte interna gramada), por mais que se importem mármores de Carrara e outros materiais dignos do novo-riquismo dos nossos políticos, um custo de 5 mil reais por m2 se enquadra em qualquer definição preliminar de “negócio das arábias”…
O lado mais baixo do Morenão, defronte ao estacionamento. O projeto arquitetônico foi elaborado por Cyríaco Maymone Filho.
O lado contrário, onde uma arquibancada coberta, com 5.000 cadeiras, expande a arquibancada comum. Nesse lado se localizam os portões principais.
Ainda no lado mais alto, a impressionante estrutura de concreto armado.
Parte interna; vista do lado mais alto.
Uma visão mais abrangente do interior do estádio.
As arquibancadas coberta e descoberta.
Vista do lado oposto do interior do estádio.
março 2, 2009 às 5:52 pm
Que legal eu lembro dos jogos entre operario e comercial.
época boa que saudades eu ia muito com meu pai
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do blog:
Mas isto pode voltar a acontecer, Antonio! Precisamos voltar ao Morenão. Outro dia assisti Rio Verde versus Misto, times do interior. Foi razoável, com alguns lances muito bons, e um belo gol do Misto, no final. Se a gente não prestigiar os times pequenos, eles nunca vão crescer!
outubro 12, 2009 às 3:15 pm
Viajo seguidamente ao MT visitar minhas filhas,passo ao lado do Morenão e me dá uma saudade de imaginar os grandes jogos que acompanhamos neste magnifico estádio.
Gosto do MS, do MT, moro no RGS mas logo retornarei ao MT.
janeiro 24, 2010 às 10:08 pm
Achei muito interessante o artigo. Apesar de velho, o Morenão tem uma arquitetura impressionante. Ele é um estádio bem bonito.