Foi por mero acaso. Eu entrei num pequeno bosque de cerrado, próximo à minha chácara, à procura de um ângulo melhor para fotografar uma Rapanéia. Olhando muito para o chão, com medo de cobras (embora elas sejam raras na região), deparei com esse ser vivo interessante. Na hora fiquei em dúvida se era um cogumelo ou uma flor. No dia seguinte descobri que o que eu vira estava estampado na capa do livro “Botânica Sistemática“, de Vinícius C. Souza e Harri Lorenzi. Trata-se de uma planta da família das Balanoforáceas, e seu nome é Langsdorffia hypogaea, Mart. Mede de 6 a 12 cm de diâmetro.
Parece que cada filete desses é uma flor.
Essas plantas aparecem em grupos, geralmente maiores do que este, de apenas 3 exemplares.
Aqui, uma Langsdorffia hypogaea começando a abrir espaço para a eclosão da flor.
Aqui as folhas já estão todas afastadas, e a flor pode crescer para cima.
Os gêneros dessa família (balanophoraceae) são, além de raros, de difícil classificação. Sabe-se com certeza apenas que eles estão entre as Eudicotiledôneas.
agosto 30, 2008 às 7:04 pm
Comigo aconteceu algo parecido… Em 2006 estava em viagem ao meu interior (Arapiranga, na Chapada Diamantina), mais especificamente em um passeio a um rio que fica em uma região de cerrado, quando a vi. A achei, como vc, muito interessante e a fotografei. Fiquei dois anos tentando descobri que planta seria aquela, e uma dia, por acaso, me deparei com o mesmo livro que vc mencionou, em que ela está estampada na capa. Fiquei muito feliz em saber que ela é tão rara… Quero um dia poder estudá-la mais a fundo, já que estou me graduando em Bio, e adoro botânica.
Muito legal seu blog!
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DO BLOG: Obrigado, Ivan! Eu pretendo aprender mais sobre essa planta na próxima estação chuvosa, quando talvez (espero) ela se mostre de novo. Não tenho mais certeza de que a foto que eu apresentei como o de um botão da flor, é mesmo um botão e é da mesma planta. É que os pretensos botões simplesmente não abriram e num certo dia foram parcialmente comidos por algum animal de quatro patas … Mas Botânica é assim, difícil mas desafiante.
dezembro 17, 2008 às 12:15 pm
Caro Valdir, muito interessante este seu blog. Tomei a liberdade de copiar essa planta rara no Fauniflora (fauniflora.blogspot.com), onde tento demonstrar a pujança dos espécimes vegetais e animais deste nosso planeta.
Obrigado.
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do blog:
Ok, Chico!
março 27, 2009 às 5:07 pm
Primeira vez que vi esta planta eu era bem pequena; mas ficou guardada na minha memoria. Só depois de muitos anos é que fui ve-la novamente:fiquei muito impressionada com sua beleza. Não sabia se era cogumelo ou bromelia.
Fiquei muito contente de quando agora encontrei blog. Sempre que vou ao sitio , dou uma olhadela para ver se o jardim já floriu.
Parabens!
Nice Mourão
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do blog:
Obrigado, Nice!
março 27, 2009 às 5:16 pm
Estou aprocura de quem possa fornecer-m sementes ou endereço de onde eu possa encontrar sementes de OCHNA SERRULATA, pois é uma planta muito linda e interessantissima, pois seus frutos são mais belos que suas flores e mais coloridas.
Vale a pena conhecer, se você não conhece.
Abraço.
Nice Mourão
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do blog:
Vou ver se descubro alguma coisa a respeito…
maio 1, 2009 às 7:14 pm
Não desisti de procurar um viveiro que vende muda ou semente de ochna serrulata mas ainda não encontrei. Se alguem souber entre em contato comigo
Obrigada
Nice Mourão
maio 8, 2009 às 2:22 pm
Encontrei a mickey mouse, estou aguardando as mudas chegarem, com canteiro pronto pronto ; quando tiver flor, mostrarei para voces.
Até breve.
Nice
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do blog:
Nice: estaremos aguardando as fotos das flores, e também das folhas (para ajudar na identificação, quando virmos um exemplar dessa espécie) e até dos frutos…
junho 25, 2009 às 3:47 pm
Encontrei uma árvore de folhas verde brilhante com o verso dourado gostaria de saber o nome dela para . É mesmo muito bonita tenho fotos
só fotos pois cortaram a árvore e eu gostaria de saber o nome para tentar adquirir uma muda.
Obrigada
Eunice
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do blog:
Eunice: analisei as 16 fotos que você mandou, mas só pelas folhas e pelo tronco não foi possível identificá-la. Verifiquei, nos livros de que disponho, as fotos de cerca de 700 árvores, e apenas uma tinha folhas semelhantes, mas tronco desigual: Chrysophyllum splendens, ou “Língua-de-vaca”, ou ainda “Bapeba”. Mas não deve ser ela. Se houvessem flores, a gente podia tentar determinar pelo menos a família a que a “sua” árvore pertence… Mas continuarei pesquisando. Ajuda se você informar em que região do Brasil você mora…
agosto 27, 2009 às 12:33 pm
Achei muito voces terem revelado essa descoberta para todo o mundo!!!
Parabéns pelo exelente trabalho.
Gostei muitooooo!
Me ajudou em várias pesquisas e trabalhos.
outubro 23, 2009 às 9:13 am
Olá,
meu nome é Leandro Cardoso e sou aluno do Intituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Faço a revisão taxonômica da família Balanophoraceae no Brasil. Qualquer dúvida sobre essas plantas fiquem a vontade para entrar em contato comigo. Gostaria de saber da possibilidade de receber fotos e material em alcool para minhas análises. São exclusivamente de cunho científico.
Obrigado.
Leandro
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do blog:
Fica aí o recado para os leitores. E o blogueiro mandará um e-mail para o Leandro.
março 1, 2010 às 5:10 pm
Olá, meu nome é Luana Freitas e pesquiso sobre essa fantástica planta desde a graduação.
Caso alguém tenha alguma dúvida ou alguma informação a respeito dela, por gentileza, me comuniquem, estarei a inteira disposição.
Obrigada,
Luana
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do blog:
Nós, os leitores e o blog, é que agradecemos pela sua boa vontade, Luana! O blog está esperando que essas plantas apareçam de novo no bosque citado para solicitar-lhe alguns esclarecimentos.
maio 18, 2010 às 2:16 pm
Just want to say what a great blog you got here!
I’ve been around for quite a lot of time, but finally decided to show my appreciation of your work!
Thumbs up, and keep it going!
Cheers
Christian
janeiro 21, 2011 às 6:34 pm
I really like your blog and i really appreciate the excellent quality content you are posting here for free for your online readers. thanks peace sandro
fevereiro 17, 2013 às 5:43 pm
Estou agraciado em rever esta planta ainda que seja por foto. Eu a ví no idos tempos de criança no cerrado proximo de casa. Pensei que nunca mais a veria. Obrigado!
Prof. João B. B. Viêira
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Valdir diz:
É realmente rara, João Batista. Depois dessas fotos, as condições climáticas especiais que então vigoravam, não mais ocorreram e as possíveis sementes da planta ainda estão dormentes… e invisíveis.